A decisão de implementar uma tarifa de 30% nas exportações da União Europeia (UE) do presidente Trump causou alarme significativo nos setores têxtil e de moda. Essa política representa uma ameaça considerável ao segundo maior mercado de exportação da UE, levantando preocupações entre os especialistas do setor sobre suas implicações de longo alcance.

No centro da questão, há 7,4 bilhões de euros em exportações de têxteis e moda da UE que são diretamente afetadas pela tarifa. A introdução desse imposto pode levar a 2,2 bilhões de euros em custos que precisam ser absorvidos, criando um dilema para as partes interessadas. O ônus pode cair sobre consumidores americanos ou exportadores europeus, mas a realidade é que os dois lados provavelmente sentirão a tensão financeira. Se a situação tarifária permanecer sem solução, as empresas da UE podem ter que reavaliar sua presença no mercado nos EUA, que serve como um destino crucial para suas exportações.

Em resposta à mudança de dinâmica comercial, os fabricantes da China e de outras nações asiáticas estão cada vez mais desviando seu foco no mercado europeu. Essa mudança resultou em uma enxurrada de mercadorias de baixo custo, criando um excesso de oferta que ameaça a viabilidade dos produtores europeus. À medida que essas alternativas mais baratas entram no mercado, a competitividade da indústria têxtil e da moda da UE diminui, complicando as perspectivas de sobrevivência para as empresas locais.

Além disso, a incerteza em torno da implementação tarifária está afetando a confiança do consumidor. Com o aumento da imprevisibilidade, os compradores podem atrasar as decisões de compra, levando à diminuição da demanda por itens de moda. É provável que essa mudança resulte em uma desaceleração significativa nas vendas para os varejistas europeus, que estão se preparando para momentos desafiadores pela frente.

À luz desses desenvolvimentos, o vestuário europeu e a Confederação Têxtil (EURATEX) está pedindo urgentemente aos líderes da UE e dos EUA que colaborem e encontrem uma solução mutuamente benéfica. À medida que o prazo de 1º de agosto se aproxima, Euratex enfatiza a necessidade de um acordo de ganha-ganha para evitar maior deterioração da situação.

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