A colheita de algodão do Brasil para a temporada 2024-25 está ganhando força, com projeções indicando que pode atingir níveis sem precedentes. À medida que os esforços de colheita aumentam, os vendedores estão ansiosos para descarregar os estoques restantes da colheita anterior de 2023-24, enquanto os compradores estão pressionando por preços mais baixos em novos suprimentos. Essa interação, juntamente com uma crise nos preços internacionais do algodão, contribuiu para um declínio nas citações domésticas, conforme relatado pelo Centro de Estudos Avançados sobre Economia Aplicada (CEPEA).
Em 30 de junho, o índice CEPEA/ESALQ, que reflete as condições de pagamento em oito dias, registradas em BRL 4.1456 (aproximadamente US $ 0,76) por libra, marcando uma queda de 6,16% em relação ao final de maio. A Companhia Nacional de Suprimentos (CONAB) informou que apenas 4% da área de algodão plantada havia sido colhida até 21 de junho, indicando um início lento da temporada.
Em junho, o Brasil exportou 100.000 toneladas de algodão durante apenas 14 dias úteis, uma redução acentuada de 48% em relação a maio e 37,7% menor em comparação a junho de 2024. A taxa média diária de exportação caiu para 7.140 toneladas, refletindo um declínio de 11% em relação ao ano anterior, de acordo com a mais recente atualização do mercado da Cepea.
A previsão da Conab, divulgada em 12 de junho, antecipa que a produção de algodão do Brasil possa atingir 3,913 milhões de toneladas, um pequeno aumento de 0,2% em relação à estimativa anterior e um aumento de 5,7% na temporada de 2023-24. A área plantada é projetada em 2,082 milhões de hectares, que é marginalmente menor que no mês passado, mas um aumento de 7,1% ano a ano. No entanto, espera -se que os rendimentos caam 1,2%, com média de 1.880 quilos por hectare.
O relatório de junho do USDA prevê a produção global de algodão para a temporada 2025-26 em 25.472 milhões de toneladas, uma redução de 0,7% em relação a maio e 2,4% menos que a previsão de 2024-25. Por outro lado, a produção do Brasil deve aumentar 7,4% ao ano, aproximando -se de 4 milhões de toneladas.
O consumo global de algodão é estimado em 25,638 milhões de toneladas, refletindo um aumento de 1% em relação à última temporada, mas 0,3% menor do que o anterior pode projeções. Esse consumo previsto pode exceder um pouco a oferta em 0,65%, sugerindo um equilíbrio mais rígido no mercado global no próximo ano.
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